Barão, aonde foi que errei?
Me diz, barão,
Quando foi que eu arruinei tudo isso?
Quando foi que seus abraços viraram nada?
Quando foi que seus sorrisos não eram mais para mim?
Quando foi que nossas conversas,
Viraram monossílabas?
Barão, aonde foi que eu arruinei tudo?
Aonde foi que eu construí esse abismo entre nós?
Hoje nós não somos nada,
Além de completos estranhos.
O amor não é sobre nós,
O amor não era pra doer.
Nós não amamos.
Não sentimos tanto.
Mas agora…
Agora eu sinto muito,
E dói demais sentir,
Dói demais o ver todo dia
E saber que não será igual.
Tu me abraçavas
E era tão bom,
Me sentia viva.
Tu me davas esse sorriso lindo,
Enorme,
Feliz que me contagiava o dia inteiro.
Tu conversavas comigo,
Me dava aquele olhar que brilha.
Sinto falta de você.
Sinto falta de tudo isso.
Barão, não sou ela.
Eu sei disso.
Dói saber.
Dói demais saber
Que foram minhas palavras que o afastaram.
Dói demais…
Uma dor que não se vai tão cedo…
Dói demais…
Uma história que poderia ter outro fim.
Barão, sinto falta do seu beijo,
Sinto falta do seu abraço,
Sinto falta de um passado em que eu eras baronesa,
E tu eras meu barão.
Sei que tu não estavas apto das faculdades mentais,
Porém, acredito que mesmo se estivesses sóbrio,
Tudo aquilo teria acontecido.
Barão, fora tão bom o abraçar e saber,
Que em alguma realidade eu teria você.
Barão, meus olhos choram,
Minha vida chora,
Ainda dói o olhar,
E lembrar de tudo aquilo,
Realidade nunca vai virar…
Barão, me beijes
Como fizera naquela noite.
Me abraça.
Me tenha.
Mas não deixe esse abismo crescer.
Dói demais,
Não tê-lo novamente.
Dói demais,
Saber que nunca será igual.
Barão, aonde foi que errei?
Barão, adeus,
Dói demais continuar aqui,
O observando brilhar com ela,
Sorrindo com outra mulher,
Queria dizer que estou feliz,
Mas não quero mais mentir.
Barão.
Adeus!
Autora: Maria Clara A. Matos
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