A Máscara da Morte Invisível

Gostaria de dizer que é tempo…
Dizer que é tempo de recomeçar,
Reinventar,
Descobrir suas artes,
Seus significados.

Mas não,
Não…

É tempo de ligar o jornal
E ver a realidade,
Ver tudo isso,
Bem na sua porta.

É tempo de entender
Que felicidade não é necessária.

Ver todas essas mortes,
Não somos números,
Mas são eles que nos assustam.

Me falaram que não é nada,
Mas é difícil ver
Quando o nome do conto
Não é A Máscara da Morte Rubra,
Mas sim A Máscara da Morte Invisível.

O rei louco,
Nu,
E seus súditos,
Cegos,
Alienados,
Doentes.

Afinal, 
Qual é mais letal:
A morte invisível,
Ou o súdito cego?

Ainda não sei,
Mas sei que milhares já se foram,
Por conta do monstro invisível.

Milhares se foram,
O rei não se importa,
Afinal, ele não faz milagres.

Milhares se foram,
O rei ri.

Milhares se vão,
"E daí?"

Milhares sem condições,
Não é dever do rei?

Seria ele,
A rosa hereditária?

Não é tempo,
Não há tempo.

Milhares se foram,
E o rei, nada...

Autora: Maria C. A. Matos.





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