À minha querida paixão:
Minha
querida paixão,
Não
te conheço, não sei quem és tampouco o que queres da vida. Mas no fundo de mim
perguntas pairam sobre o que dizer a você, sobre o que falar com tantos
sentimentos estranhos dentro de mim. É tudo tão confuso e nessas letras parece
tão mais fácil de me esconder. Sei que não posso senti-lo, mas o faço. Sei que
não poderei o abraçar novamente, mas o quero. Sei que nada que disser o fará
mudar, mas direi. Sei que essa carta é um grito em vão, em meio ao vácuo do
silêncio obscuro de meu coração. Não queria que fosse assim, mas nem sempre
nossos sentimentos são correspondidos. Não queria ter chorado quando fostes
embora, pois sabia que nunca mais seria igual.
Peço
que me ouça, meu coração já não aguenta mais gritar tanto. Minha mente só sabe
se lembrar do seu olhar que parecia me dizer tudo que eu queria ouvir,
infelizmente meus ouvidos não ouviram. Meu corpo só se lembra de descansar a
cabeça em seu peito e finalmente poder senti-lo. Meu coração se aperta em
imaginar que nunca mais será igual...
Não
posso tê-lo. Tu és impossível. Mas, meu querido, quando querer-me não estarei
mais aqui a sua espera. O quero enquanto fores impossível, depois disso me
machucar se torna fácil demais. Errei em não ter ido ao seu encontro outro dia,
queria tê-lo dito tudo que está nesse mero pedaço de papel, mas não o pude,
pois, minha cabeça girava tentando entender que esse era o fim.
Corro
para não chorar. Corro para não o ver. Corro. E no fim o encontro. Por que
estás aqui? Não imaginei que veria seu
rosto novamente. Em prantos me deixo vulnerável a você. Infelizmente não o
posso ter. Desculpe-me se sair correndo novamente.
Adeus,
minha querida paixão,
Ass.
Marie.
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