Àquela Menina...
Àquela Menina,
Não abra essa porta,
Tranque as janelas,
Você não sabe o que te espera,
Você acha que sabe.
Moça,
tome cuidado,
Não atenda o interfone,
Não olhe o celular,
Esqueça que ele existe,
Só por hoje.
Não fuja,
Mas tome cuidado,
Você não sabe quem ele é,
Você acha que sabe.
Eu sei que dentro de você,
Há uma incerteza,
Uma vontade de gritar.
Faça isso!
Menina, você não entenderia,
Mas você sente que é o melhor,
Dentro de você há uma ansiedade,
Uma sensação estranha,
De que algo ruim está por vir.
E, realmente,
Algo ruim está por vir.
Você vai se culpar por isso,
Por muitos anos.
Você vai chorar por isso,
Por muitas noites.
Você vai ter medo,
Por muitos relacionamentos.
Mas, Menina,
Você está prestes a fazer seus 15,
Prestes a mudar de vida,
Foque nisso,
Não se prenda nele.
Ele vai falar que te ama,
Vai falar que a culpa é sua,
Vai falar que você abriu a porta,
Vai falar que mesmo assim te ama.
Mas depois,
Você vai se tornar o demônio,
O monstro que só chora,
Que vive tendo crises,
Que é a responsável pelo fim.
Menina,
Não abra as portas.
Não ouça ele.
Você não o ama como acha.
Autora: Maria C. A. Matos.
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