Vênus

Olhe para o céu.

Encontre Vênus.

Aquela estrela que brilha mais que todas.

Para os romanos, Vênus é a deusa do amor, mas para mim naquela noite ela foi a deusa do esquecimento. Ela olhou para mim enquanto eu apontava para ela e tentava respirar e foi como se eu viajasse milhões de quilômetros até lá e voltasse a Terra. Eu já não era mais a mesma, eu tinha me encontrado ali. Ela me olhou lá de cima e disse para eu ir ser feliz e que eu sabia exatamente o que fazer, acho que eu fiz o que ela queria, pois sempre que a olho sinto que estou melhor agora.

Aquela noite, talvez por causa da presença dela, irá demorar para sair da minha mente. Tudo aconteceu tão rápido, no momento em que o vi, soube o que iria acontecer e ao mesmo tempo um fantasma me dava adeus. Foi tudo tão doido e ao mesmo tempo tão sereno. Não queria estar assim agora, com aquele sorrisinho no canto da boca de lembrar como você parece lindo deitado em mim. Vênus me abençoou naquele momento, eu não esperava, mas ela é assim, vem quando eu menos espero e me faz flutuar com esses sentimentos.

O sabor das nossas bocas se encontrando. Aquele sorriso no canto da boca. Seu abraço. Nosso cafuné. Eu não poderia esperar menos olhando para trás. Parece até que foi um sonho, não acredito que tenha sido real. É uma bagunça que trás paz dentro de mim. Não me importo se você não pensar o mesmo, às vezes sou intensa demais, mas acredite, agora você já é um ser eternizado em minhas palavras, é como dizem: se um escritor se apaixonar por você, você existirá para sempre em suas palavras.

Eu me dei um tempo para esperar e me prometi não ficar desse jeito por ninguém até encontrar alguém que eu pudesse sentir, mas minha amiga Afrodite não funciona assim. Ela me manda seus anjinhos e me faz ficar assim. E nessa história ela assistiu tudo de camarote, por entre as nuvens ainda era possível vê-la brilhando. Ela sabe bem o que está fazendo, a pessoa que eu sou depois da benção dela é bem maior do que era antes.

Ah, minha Vênus, será que já estava na hora?


Autora: Maria Clara A. Matos


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