Tu és o gato.
Esse gato preto veio sorrateiro de uma maneira teatral. Veio como se alguém atrás das cortinas da vida o tivesse empurrado e falado "vai lá, essa é a hora de você entrar" e ele simplesmente entrou, sem saber o que fazer.
O gato preto não é um deus, tampouco alguém irrelevante. Ele é um ser existente nessa nova vida. Respira, vaga em pensamentos, tem suas loucuras e piadas sem graça e tem seus defeitos, como qualquer outro gato na minha vida. Defeitos que não me importavam, que eu não ligava em ter que conviver algum dia até que eles começaram a me incomodar.
Gatos são assim, se querem brincar te dão uma mordida e você dá toda a atenção, se você não liga para eles, aí que não irão se importar. Você é exatamente assim, me mordeu e chamou minha atenção para logo fingir que não se importa. Tu és o gato preto. A metáfora mais real, pois sorte não me trouxe.
Tu és o gato.
Não se orgulhe disso.
Autora: Maria Clara A. Matos
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