O tempo.

Tem uma música que diz:
 "pro tempo engatinhar, 
do jeito que eu sempre quis, 
se não for devagar 
que ao menos seja eterno assim". 

Muitas vezes não olhamos o tempo, 
fazemos tudo correndo 
e deixamos ele passar 
sem nos darmos conta 
do que estamos fazendo. 

Muitas vezes o tempo não engatinha. 

Quantas vezes 
já não estivemos parados 
querendo que o tempo voltasse?

Se você soubesse 
que aquela seria sua última oportunidade 
de beijá-la, 
você teria beijado? 

Se você soubesse 
que nunca mais a veria, 
você teria feito algo diferente? 

Se você soubesse 
sobre o que o futuro guardava a ela, 
as coisas seriam diferentes? 

O tempo de cada um é diferente 
e nós não sabemos quanto nos resta. 
O meu tempo é diferente do seu 
e no fundo nós não podemos fazer muito.

Tem um soneto que diz: 
"que não seja imortal, posto que é chama, 
mas que seja infinito enquanto dure." 

Que façamos do tempo infinito 
com as pessoas. 
Que compreendamos 
que nada é eterno. 

Aquele milésimo de segundo, 
pareceu-me infinito. 

Aquele momento 
em que o mundo para. 

Aquela hora que passa voando. 

Aquele minuto 
que parece uma eternidade. 

Aquela vontade de eternizar 
todos os momentos vividos. 


A imortalidade existe nas palavras. 
Faça do tempo palavras.


Qual tempo é o certo? 
Qual tempo devemos seguir? 
O de Cronos ou o meu? 
Qual tempo me fará melhor? 

Vivemos a espera de momentos certos, 
horas determinadas, 
encontros marcados 
sem sabermos 
se esses momentos existirão. 

A incerteza do futuro,
nos faz viver,
ou nos impede de seguir?

Tempo,
Tempo,
Tempo.

O tempo que você ganhou 
[ou perdeu]
lendo isto.

Autora: Maria C. A. Matos.

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